FREI FERNANDO, VIDA , FÉ E POESIA

A vida, como dom, é uma linda poesia divina, declamemo-la ao Senhor!

Meu Diário
02/10/2023 05h07
SANTO ANJO DO SENHOR MEU ZELOSO E PROTETOR...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 18,1-5.10)(02/10/23).

 

Amados irmãos e amadas irmãs, paz e bem! Sejam bem-vindos a nossa meditação diária.

 

Hoje a Igreja celebra a memória dos santos anjos da guarda a quem Deus confiou as almas enquanto estivermos neste mundo a caminho do Reino dos céus.

 

Meditemos com amor e atenção este pequeno sermão de hoje.

 

1. Caríssimos, as graças de Deus chegam até nós por diversos meios, dentre eles temos a intercessão dos santos, em especial a intercessão de Nossa Senhora; elas também nos chegam por meio da proteção dos santos anjos, em especial, nossos anjos da guarda, que nos protegem nas mais diversas situações do nosso dia a dia. 

 

2. Na primeira leitura meditamos: "Assim diz o Senhor: Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz. Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários." (Ex 20,20-22).

 

3. E também no Salmo 33: "O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem, e os salva." (Sl 33,8). E ainda no Salmo 90: "Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda, porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra."(Sl 90,10-12) 

 

4. São Bernardo Abade assim escreveu a respeito dos santos anjos em um de seus sermões: “Sejamos, pois, devotos e agradecidos àqueles guardiães tão exímios; correspondamos o seu amor, honremo-los quanto possamos e conforme devemos. 

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5. Eles nos guiam nos nossos caminhos, não podem ser vencidos nem enganados e menos ainda podem nos enganar. São fiéis, prudentes, poderosos. Basta que os sigamos, que estejamos unidos a eles, e viveremos assim, à sombra do Onipotente”.

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6. Santa Francisca Romana, certa feita recebeu do Senhor a graça da visão do seu anjo da guarda e assim o descreveu: “Era de uma beleza incrível, com uma pele mais branca que a neve e um rubor que superava a vermelhidão das rosas. 

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7. Seus olhos, sempre abertos olhando para o céu, o cabelo comprido e cacheado cor de ouro. Sua túnica era comprida até os pés e era branca um pouco azulada e, outras vezes, com brilhos avermelhados. Era tal a irradiação luminosa que o seu rosto emanava, que podia ler as matinas em plena meia noite."

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8. Rezemos então esta bela oração composta por são Charles de Foucauld: "E como hoje é o dia da tua festa, meu anjo bom. De todo o coração te digo aos pés de Jesus: Feliz dia! Obrigado por todos os teus benefícios! 

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9. Perdoa-me por todas as minhas ingratidões e por me comportar de forma tão desrespeitosa na tua presença, perdoa-me por te contristar tantas vezes! Guarda-me e ajuda-me cada vez mais! A minha vontade é honrar-te e amar-te, tanto quanto Deus permite e quer."

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10. Rezemos também esta terna oração tão conhecida e recitada, ao nosso anjo da guarda, pedindo-lhe a graça da sua proteção: "Santo anjo do senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe e me ilumine." Amém! Assim seja!

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Amados irmãos e amadas irmãs, grande é o mistério da nossa salvação e também grandes são as graças derramadas em nossas almas conforme os desígnios do nosso Pai celestial.

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Decerto, ter um anjo da guarda nos protegendo nos momentos difíceis de nossa caminhada para o céu é uma destas graças. Peçamos humildemente ao Senhor para termos a percepção da sua presença junto a nós, para a ele recorrermos em nossas necessidades. Amém! Assim seja!

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Paz e Bem! 

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Frei Fernando Maria OFMConv. 


Publicado por Frei Fernando Maria em 02/10/2023 às 05h07
 
19/03/2023 08h10
HOMILIA DO 4°DOM DA QUARESMA...

Homilia do 4°Dom da Quaresma (Jo 9,1-41)(19/03/23)

 

Caríssimos, o tema da liturgia deste quarto domingo da Quaresma é a luz de Deus que ilumina as nossas almas e nos arranca das trevas do pecado que nos mantinha fechados em nós mesmos nos impedindo de enxergar a luz de Cristo. Sem dúvida, diariamente convivemos com a realidade cruel que se abate sobre a humanidade por conta da violência advinda dos pecados praticados neste mundo.

 

Com efeito, esse tema está na raiz do anúncio profético da vinda do Messias como profetizou Isaías: "O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz." (Is 9,1.5). 

 

Na primeira leitura de hoje o Profeta Samuel sofreu a tentação de escolher o ungido do Senhor pela aparência. "Mas o Senhor disse-lhe: Não olhes para a sua aparência nem para a sua grande estatura, porque eu o rejeitei. Não julgo segundo os critérios do homem: o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração”. (1Sm 16,7). Samuel, então, seguiu as suas instruções e assim escolheu Davi que depois tornou-se rei e o progenitor do Messias. 

 

De fato, se tem algo que não falta neste mundo diria que são as tentações. Mas, por que elas existem? Porque a graça da felicidade eterna já nos foi dada por Cristo no batismo, Ele é o Messias prometido que veio ao mundo para nos salvar. Por isso, não somos mais escravos do pecado e nem do maligno que gerou o pecado. 

 

No entanto, não basta ser batizado, é necessário manter o diálogo interior com o Senhor Jesus para obedece-lo em tudo, e não ceder às tentações e ao pecado, que nos leva à perca da graça da felicidade eterna, amargando com isso o vazio e a tristeza que o pecado gera.

 

No Evangelho de hoje Jesus cura um cego de nascença, e assim realiza a vontade do Pai; mas, por realizar esse sinal divino em dia de sábado, foi equivocadamente julgado pelos fariseus como um pecador por não obedecer a Lei. Por outro lado, o homem que foi curado, quando interrogado, deu uma verdadeira lição de teologia e de humildade ao acreditar no Senhor; no entanto, foi expulso da Sinagoga pela cegueira da soberba e do preconceito daqueles que deviam acreditar e acolher o Senhor Jesus, e não rejeita-lo.

 

Portanto, caríssimos, prestemos atenção na conclusão deste Evangelho: "Então, Jesus disse: 'Eu vim a este mundo para exercer um julgamento, a fim de que os que não veem, vejam, e os que veem se tornem cegos.' Alguns fariseus, que estavam com ele, ouviram isto e lhe disseram: 'Porventura, também nós somos cegos?' Respondeu-lhes Jesus: 'Se fôsseis cegos, não teríeis culpa; mas como dizeis: 'Nós vemos', o vosso pecado permanece." (Jo 9,39-41). Ou seja, o pecado do orgulho e soberba cega aqueles que o comete. 

 

Destarte, não sabemos quanto tempo ainda temos neste mundo até que venha a plinitude do Reino de Deus, como disse o Senhor; todavia, de uma coisa fiquemos certos, a justiça divina se cumprirá na íntegra; e, quem ficará de pé quando este dia chegar? O salmo 14 responde: "É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua. Jamais vacilará quem vive assim!"

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv.


Publicado por Frei Fernando Maria em 19/03/2023 às 08h10
 
22/08/2022 04h57
A TRISTEZA DO REMORSO SEM ARREPENDIMENTO LEVA À MORTE...

Voltar a Deus com arrependimento verdadeiro

 

"O sentimento da presença de Deus não é apenas o fundamento da paz numa consciência reta; é também o fundamento da paz no arrependimento. À primeira vista, pode parecer estranho que o arrependimento do pecador produza nele conforto e paz. É certo que o evangelho promete transformar toda a dor em alegria; temos, pois, de nos alegrar até na dor, na fraqueza e no desprezo. 

 

Gloriamo-nos «também nas tribulações [...] porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo, que nos foi concedido», diz o apóstolo Paulo (Rom 5,3-5). Mas, se há dor que pode parecer um mal absoluto, que continua a ser um mal no reinado do evangelho, é claramente a consciência de não termos correspondido ao evangelho. Se há momento em que a presença do Altíssimo pode parecer-nos intolerável, é o momento em que tomamos subitamente consciência de termos sido ingratos e rebeldes para com Ele.

 

E, contudo, não há arrependimento verdadeiro que não seja acompanhado pelo pensamento de Deus. O homem arrependido pensa em Deus no seu coração porque O procura; e procura-O porque é movido pelo amor. É por isso que a própria dor de ter ofendido a Deus deve ser acompanhada por uma certa doçura, a doçura do amor. O que é o arrependimento, senão o impulso do coração, que nos leva a entregar-nos a Deus, quer para o perdão, quer para a correção, a amar a sua presença por si mesma, a preferir a correção que dele provém ao repouso e à paz que o mundo poderia oferecer-nos sem Ele? 

 

Enquanto vivia nos campos com os porcos, o filho pródigo sentia dor, mas não se sentia arrependido; limitava-se a ter remorsos. Quando, porém, começou a sentir-se verdadeiramente arrependido, levantou-se, voltou para junto do pai, a quem confessou que pecara, libertando assim o coração da sua miséria. 

 

O remorso, aquilo a que o apóstolo Paulo chama «a tristeza do mundo», produz a morte (2Cor 7,10). Em vez de voltarem para junto da fonte da vida, do Deus da consolação, aqueles que estão cheios de remorsos limitam-se a revolver as próprias ideias, sem conseguirem confiar a ninguém a dor que sentem. [...]

 

Precisamos de conforto para o nosso coração, a fim de que ele saia das trevas e abandone a tristeza. [...] Mas só a presença de Deus pode ser para nós refúgio verdadeiro." (São John Henry Newman (1801-1890).

 

Paz e Bem!


Publicado por Frei Fernando Maria em 22/08/2022 às 04h57
 
09/02/2019 20h32
A MISERICÓRDIA DO SENHOR É INFINITAMENTE SUPERIOR À NOSSA NATUREZA...

Isaac o Sírio (século VII)

monge perto de Mossul

Discursos ascéticos, 1.ª série, n.º 60

«Compadeceu-Se de toda aquela gente»

Se David apelida Deus de justo e reto, o Filho revelou-nos que Ele é bom e manso. [...] Longe de nós o pensamento injusto de que Deus não Se compadece. [...] Como é admirável a compaixão de Deus! Quão maravilhosa é a graça de Deus nosso Criador, tão poderosa que tudo sofre! Que bondade incomensurável, da qual Ele investe a nossa natureza de pecadores para a recrearmos. Que dizer da sua glória? Ele perdoa quem O ofendeu e quem blasfemou, Ele renova esta poeira sem alma [...], e faz do nosso espírito disperso e dos nossos sentidos extraviados uma natureza dotada de razão e capaz de pensar. O pecador não está em condições de compreender a graça da sua ressurreição. [...] O que é a geena face à ressurreição, quando Ele nos erguer da condenação, concedendo a este corpo perecível a graça de se revestir de incorruptibilidade (1Cor 15, 53)? [...]  

Vós que tendes discernimento, vinde e admirai. Dotados de inteligência sábia e maravilhosa, admirai a graça do nosso Criador como ela merece. Esta graça é a retribuição dos pecadores. Porque, em vez do que eles merecem com toda a justiça, dá-lhes a sua ressurreição, revestindo os corpos que profanaram a sua Lei da glória da incorruptibilidade. Esta graça – a ressurreição que nos é dada depois de termos pecado – é maior que a primeira, que Ele nos deu quando nos criou, enquanto não existíamos. Glória à tua graça incomensurável, Senhor! Apenas me posso calar perante as vagas da tua graça. Sou incapaz de Te dizer a gratidão que Te devo.

Paz e Bem! 


Publicado por Frei Fernando Maria em 09/02/2019 às 20h32
 
11/06/2018 16h34
O QUE É EVANGELIZAÇÃO...

O que é Evangelização... 

Evangelização é a moção do Espírito Santo que nos leva à testemunhar Cristo dando a vida por Ele...

Paz e Bem! 

Frei Fernando Maria OFMConv. 


Publicado por Frei Fernando Maria em 11/06/2018 às 16h34



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